terça-feira, 31 de maio de 2011

Fahrrad (bicicleta) e o trânsito alemão



Foi difícil nos acostumarmos com o trânsito alemão. Nossas primeiras saídas de bicicleta foram cheias de cuidados, principalmente com as crianças. Foi difícil acreditar que aqui o pedestre e o ciclista têm prioridade. E os motoristas param para tudo e todos. E respeitam os limites de velocidade dentro das cidades. Não existem acidentes, xingações, todos respeitam os sinais. Se estamos de bicicleta em uma rua onde não existe ciclovia e temos que andar junto com os carros, este esperam pacientemente a oportunidade de ultrapassar-nos, a baixa velocidade. Entretanto, as ciclovias são outra mania alemã. Estão por todos os lados e lugares. E as bicicletas podem ser levadas nos bondes e trens. É um direito do ciclista. Além disso, as bicicletas são todas equipadas com farol e sinaleira, para deslocamentos noturnos. Se formos flagrados sem sinaleira ou farol, pagamos multa, como um veículo qualquer. E desta forma a maioria das pessoas se desloca de bicicleta: para o trabalho, para o supermercado, para a escola. Em todos os lugares existem estacionamentos para bicicletas. As ciclovias, quando margeiam as “Autobahns” (vias expressas) são separadas por divisórias. Quando as ciclovias cruzam as ruas mais movimentadas existem sinaleiras. E todos respeitam o sinal. Como no cartaz em alemão: “Beispiel geben. Bei Rot stehen. Bei Grün gehen.” Algo como: dar o exemplo. Esperar no vermelho. Seguir no verde. Se os alemães quisessem, quase não seria necessário o uso do automóvel. E olha que a Alemanha tem um automóvel para cada dois habitantes. É muito carro!
Novamente nos vem à cabeça a realidade das cidades brasileiras: trânsito caótico e nenhum investimento em transporte alternativo, como ciclovias, por exemplo. Lembramos da tímida iniciativa de interligar os parques de Porto Alegre (Parcão, Redenção e Marinha) com uma ciclovia. Se bem nos lembramos, não resta mais nada de sua sinalização nos dias de hoje. E os investimentos não contemplam esta alternativa. Poderíamos ter uma ciclovia, paralela ao traçado da terceira perimetral, ligando Teresópolis ao Aeroporto. Seria muito fácil! Esperamos que com a duplicação da Avenida Edvaldo Pereira Paiva, a Beira Rio, o poder público pense nessa alternativa.






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